sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Mídia e Serviço Social: os meios de comunicação social como instrumento de trabalho para os assistentes sociais.


A proposta da comunicação como instrumento de trabalho para o Serviço Social, projeta-se nas três dimensões prático-crítico do instrumental: técnico-operativo, teórico-metodológico e ético-política do serviço social, estas que concebem um profissional capaz de produzir respostas às demandas da realidade histórico-social.
Essas três dimensões de competências nunca podem ser desenvolvidas separadamente – caso contrário, cairemos nas armadilhas da fragmentação e da despolitização, tão presentes no passado histórico do Serviço Social (Carvalho & Iamamoto, apud SOUZA, 2008, P. 122).

 Desse modo, a discussão  impetrará uma análise dialética com a ampla área dos meios de comunicação social, abordando elementos como: cidadania, direito de expressão, Questão Social e observar como estes se apresentam e se relacionam. Além dos referenciais pontuados na Política de Comunicação¹ do conjunto CFESS/CRESS, no sentido de projetar o saber técnico-operativo profissional para as categorias acima citadas em relação com as diretrizes postas pela Política de Comunicação.
Outro ponto é a dialética representada no interior do sistema capitalista, na qual o serviço social se insere. Nesse caso é importante caracterizar a racionalidade da mídia dentro da sociedade capitalista e pontuar aspectos relevantes no qual essas duas categorias se relacionam – Mídia e Capitalismo, observando a forma como estão organizados os meios de comunicação e estes em concernente ao capitalismo.
A discussão sobre a mídia demanda uma representação histórica. Uma análise breve perpassando pelo desenvolvimento da “prensa gráfica até a internet”, isso significa mostra os contextos sociais no qual tais aspectos se desenvolveram.
Todavia, a pesquisa perpassará no entendimento sobre como o Serviço Social se utiliza da mídia como aparato instrumental. Desse modo, para chegar a tal entendimento será necessário explanar um estudo sobre a mídia e suas categorias para assim projetar-se na relevante questão:  Podem os assistentes sociais se utilizarem da mídia como instrumento de trabalho com cariz educativo e  político-crítico,  sendo esta tomada  pela classe  dominante  como meio de distorce e mistificar a realidade? È por essa questão  que a  dissertação se  desenvolverá na tentativa de  explicitar os  elementos que compõe o instrumental do Serviço Social sobre a mídia na base da racionalidade crítico-dialético  e discutir de forma analítica o poder das grande empresas que forma a grande imprensa midiática – eletrônica e impressa.
Com tudo “A comunicação consiste, assim, numa das mediações que devem integrar doravante a informação e atuação profissional do assistente social, como requisito do tempo presente e futuro.” (APOLINARIO & LEE, 2009, p.28). Reconhecendo assim, a comunicação uma problemática atual e relevante para entendimento dos fenômenos sociais esses denominados de Questão Social pensados na ótica da mídia em relevância ao sistema capitalista de produção e consumo. Além de referenciar o projeto ético-político² do Serviço Social como instrumento para identificação o reconhecimento do compromisso com a autonomia, a emancipação e a expansão dos indivíduos a favor e reconhecimentos de seus direitos sociais estes que diante ao sistema não encontra espaço e reconhecimento de suas necessidades sociais.
NOTAS
¹ Sobre a Política Nacional de Comunicação, esta que foi criada em 2001, através de encontros da categoria e debates sobre a temática da comunicação acarretando em sua elaboração. (APOLINARIO & LEE, 2009, p.25)
Referênia
FIGUEIREDO, Kênia Augusta. O assistente social na era das comunicações. In: APOLINARIO & LEE (Orgs.), Mídia, Questão Social e Serviço Social. Ed. São Paulo: Cortez, 2009. p. 344 – 357.

SOUZA, Charles Toniolo de. A prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção profissional. Rio de Janeiro: [ s.n.], [2008].


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